terça-feira, 28 de junho de 2011



Meu pai é dessas pessoas que não se explica. Não existem palavras para descrever esse homem.
Ele é daquelas pessoas que todo mundo gosta. Alegre e divertido. Inteligente e espirituoso. Sempre fazendo as pessoas rirem. Sempre solícito, gentil e pronto a ser meu ombro amigo.

Claro que se o nível de glicose estiver um pouco alto, ele fica "irrascível", como costuma dizer. Ele fica sim rabugentinho, implicante e irritadiço. Mas até isso é engraçado... e dura pouco, só até o remédio fazer efeito.

Meu pai tem alma de gigante e dedica sua vida a formar os filhos. E nós nunca estamos totalmente formados...
Já contando com mais de trinta anos, ambos os filhos continuam a aprender com ele e a admirá-lo e a amá-lo cada dia mais. Burros velhos, estamos sempre nos lembrando de algo delicioso que fizemos junto com ele ou de algo extremamente edificador do nosso caráter que aprendemos com ele.

Ele é um super-pai (mesmo para aqueles que não acreditam que exista um)! Pai e mãe de uma vez só. Amigo acima de tudo. Companheiro, ele se importa com cada guinada que minha vida dá e faz questão de estar lá, nem que seja pra sorrir no cantinho, torcendo por mim.

Sempre salvando os filhos dos problemas da vida, mesmo quando não concorda com a merda que nós fizemos. Problemas com a justiça, financeiros, amorosos, não importa. Ele está lá. Sempre!



Meu pai é assim e muito mais.
Construtor da minha mente emotivo-analítica e da minha personalidade cética e ao mesmo tempo admiradora dos pequenos milagres da vida.
Ele é minha referência em todos os momentos!
É meu motivo de alegria constante e de saudades diárias. Infelizmente adultos têm a vida atribulada e tenho hoje pouco tempo para ficar com ele. Mas é sempre bom vê-lo, traz alegria até encher o peito.

Ele me estimula, me anima.
Esclarece minha cabeça com uma conversa calma quando estou confusa.
Ilumina o fim do túnel quando acho que não dá mais pra seguir. Me pega no colo quando desmorono. Ainda me dá presentes, viagens e mimos como se eu ainda fosse uma criancinha. E vibra com minhas vitórias, mesmo que as menores, como a carteira de estagiária da OAB que tirei ontem.

Parte integrante do meu ser. Verdadeiro amor. Homem responsável por toda a minha moral bem construída, pela minha extrema liberdade e pela capacidade que tenho de ponderar o que é certo e errado para decidir o melhor caminho. Respeito é sua palavra principal. Ensinou-me a fazer tudo que eu quiser, contanto que não se ultrapassem os limites invisíveis do bom senso.

Ele me ensinou a ser mulher de verdade: aquela que é companheira e independente, que é carinhosa e determinada, que é sensível e racional.
Se sou amorosa ao extremo devo tudo ao amor incondicional que meu pai me deu, acima do imaginável. E ele, por mais que doesse, com olhos rasos d'água, me deixou andar e cair sozinha, pagar pelas minhas escolhas, colher as consequências dos meus atos, mas sempre me dando a certeza de que ele estava lá. Sua mão sempre estendida quando eu me achava perdida...

Meu pai curtiu minha infância. Brincou comigo. Viajou comigo. Me ensinou a crescer, andou do meu lado. Aturou as maluquices de qualquer adolescente sempre com aquele olhar de desaprovação e com uma dose escondida de divertimento dos meus rompantes. Despertou meu amor pela leitura, me estimulou a estudar, permitiu que meus horizontes se ampliassem ao me entregar ao mundo aos 17 anos em um intercâmbio sozinha. Cursos, livros e cultura nunca eram caros demais para ele, que formava uma pessoinha que amava tanto. Me ensinou ética sem precisar dizer palavra.

E hoje ele se diz orgulhoso de mim.... Com certeza devia era estar orgulhoso de si mesmo!

Meu pai é tudo isso e muito mais.
Muito muito mais!
Amo meu pai mais do que ele pode imaginar.
Não cabe em mim!
Amo esse paizão!

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