sexta-feira, 22 de março de 2013



Mais uma sensação de vitória, de trabalho bem feito. Estou radiante! Feliz com mais esse acerto.
Após um esforço de nove longos anos na faculdade, finalmente chegou a hora de cursar a tão falada disciplina "TCC". Sinal de conclusão à vista... Finalmente!

Li, li, pesquisei, li mais, li de novo. Então sentei  na frente do computador e em alguns minutos uma torrente de palavras brotou de mim quase instintivamente. Eu escrevia a introdução do meu trabalho sobre "barriga de aluguel". Tema polêmico, como não poderia deixar de ser, e no qual eu quero defender a ciência, mostrando que o direito tem que acompanhar as mudanças tecnológicas e sociais...

Eis que eu entreguei a primeira parte do trabalho de conclusão de curso... a professora leu em silêncio, caneta vermelha em riste... de repente levantou a cabeça, sorriu e disse que estava ótimo! Não riscou nadinha! Não havia nada pra mudar!

O mais legal foi observar a diferença nos olhos da orientadora ao ler os demais trabalhos. Parecia entediada, aborrecida, lendo mais do mesmo, retocando aqui e ali. Mas ao ler o meu ela, sempre carrancuda, até sorriu.



Isso me encheu de orgulho! Orgulho dos meus 35 anos de idade e de tudo que aprendi neles. Um conhecimento adquirido através de quatro faculdades tão diferentes entre si, e experiências de vida que me levaram a lugares tão longínquos quanto a Ucrânia.

Orgulhei-me de todos os cursos superiores, mesmo da estranha Microbiologia e da inútil graduação em Turismo. Na verdade, a gente sempre carrega algo consigo. E essas coisas que escolhi viver foram me moldando, e me fazendo quem sou agora... a maturidade que tenho.

Tive orgulho de não ser mais aquela jovenzinha  imatura, crua, que tem que aprender do zero.
Tive orgulho de ter responsabilidades na vida, a vida corrida, de ter determinação pra terminar essa longa faculdade de Direito em nove anos e meio, com dedicação e não de qualquer jeito.

Agradeço ao meu pai por me mostrar como pensar, criticar, ler nas entrelinhas e criar.
Agradeço à minha mãe pela inspiração para ser guerreira e por me mostrar os caminhos da prosa e da poesia, me estimulando desde criança.

Entregar esse primeiro rascunho (praticamente pronto) da introdução do TCC tem um significado muito maior do que apenas a apresentação de um trabalhinho acadêmico!
Pra mim, o sincero sorriso da orientadora, habituada a ler milhares de TCCs foi gratificante pois coroou com louvores meu esforço e dedicação. Deu sentido às horas gastas lendo livros sobre o assunto e pesquisando os diversos ângulos. Honrou todo o raciocínio que dediquei a criar um ponto de vista novo, de um assunto polêmico e já bem debatido.

Fiquei feliz e com a boba sensação de que eu posso tudo que eu quiser... desde que me esforce.


0 comentários:

Postar um comentário