domingo, 27 de junho de 2010

Dei uma derrapada. Deixei a minha estrada de lado por um tempo e acabei me perdendo e voltando na estrada. Agora tenho que fazer o caminho de novo. Não desde o início, ainda bem!, mas precisarei percorrer boa parte de novo...

Não sei bem por quê faço isso. Acho que é natural. Automático, como costumo dizer. Alguns dizem que é o diabinho da tentação que fica pendurado no nosso ombro sussurrando maus conselhos no nosso ouvido. Pobrezinho, não vou culpá-lo. Ele faz seu papel. Eu é que devia escutar mais o anjinho que fica no outro ouvido.

Traduzindo em termos mais técnicos: o inconsciente nos puxa para a direção do mesmo, do estático, do que já está estabelecido, é averso a mudanças e contra tudo que nos tira da comodidade. É o botão "foda-se", que é deliciosamente atraente e sedutor, pois é confortável continuar sendo daquele jeito que sempre fomos.
A consciência é que tem que vencer essa batalha.

Mesmo tendo entendido o problema, e sabendo que a culpa pelo meu fracasso é exclusivamente minha, não sei como resolver esse impasse. É muito chato ter que recomeçar várias e várias vezes e se sentir uma idiota por ter falhado nas metas iniciais que me levariam a melhorias em mim mesma. Revoltante!

Derrapei.

Desisti de tudo por umas semanas, o nível de estresse além do suportável. Várias manifestações de doenças no corpo tomaram conta (dores de cabeça contínuas, crises de coluna, herpes, gripe) e uma tristeza sem fundamentos se apoderou de mim evitando que eu pensasse, que eu mantivesse o foco, que eu continuasse tentando mudar. Um horror!

Caí.

Larguei-me ao caos. Desfrutei a tristeza dentro de mim e também exteriorizei-a chegando a ficar "irreconhecível" segundo alguns. Muda, chorando pelos cantos, sem vontade de fazer nada, entreguei-me aos prazeres fáceis e certos da vida: comer e lagartear. Eu me presenteava com doces e guloseimas muito além do que devia e usava tempos de provas finais na faculdade para não fazer absolutamente nada, só porque eu estava tristinha e irritada com as pressões da mudança.

Parei.

Parei, pensei e finalmente vi o caminho torto pelo qual seguia. Estou pagando as consequências até hoje e ainda vou pagar por tempos... Um verdadeira perda de tempo. Engordei, recoloquei as gordurinhas erradas naqueles lugares estratégicos enfeiando o corpo que preciso melhorar para me libertar de certas paranóias. Quase perdi uma matéria na faculdade, o que significa perda de tempo - 1 semestre, para ser mais exata! - e de dinheiro, tendo que pagar novamente por uma disciplina já cursada. Irresponsabilidade total!

Dizem que é autopunição. Não me perguntem por quê faço isso. Deve ter uma explicação que minhas terapeutas poderiam me dar, mas no momento não consigo imaginar sentido algum em me punir por fazer coisas boas pra mim mesma. Não faz sentido algum, então deve ser o tal inconsciente...

Bom, mas como me dizem que o inconsciente sou eu, vou ter que me entender com ele e resolver isso.
Uma forcinha pra te ajudar, menina! Você consegue!

Comecei de novo...

...

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