sexta-feira, 4 de junho de 2010



Era errado. Era loucura! E ainda assim ela não pensou duas vezes!
Foi acordada no meio da noite por aquele homem que tanto amava, seus lábios molhados por seu beijo. Um sorriso dele e um sussuro insinuando que fugissem foi mais do que precisava para dizer sim!

Um desejo de aventura tomou conta dela. Sim, era errado sair de casa no meio da madrugada, enquanto seus pais dormiam tranquilamente e fugir pelas estradas com o namorado... no carro da família. Era proibido! Seu pai ficaria furioso... Sua mãe preocupada... Seu irmão espantado... E ainda assim ela aceitou o desafio da aventura.

Silenciosamente saíram pelas ruas da cidade, o carro ganhava velocidade, janelas abertas, ventos nos cabelos... A música preenchia o silêncio da noite. E aos poucos a cidade ficava pra trás.

Dois corações sem rumo pela madrugada. A estrada os levava à Região dos Lagos onde pretendiam amanhecer em frente ao mar...

Ela olhava pela janela enquanto ele dirigia. Não podia deixar de sentir uma pontada de culpa, até começara a pensar nas consequências do seu ato inexsplicável de tão errado... Deixaria a todos preocupados, deixaria os membros da sua família sem carro, apenas para atender a um capricho seu... Mas precisava viver aquilo!

A excitação subia por seu corpo corando sua face. Ela olhava para ele que prestava atenção na estrada sorrindo sempre. A meia luz do luar iluminava parcialmente seu rosto, tornando-o incrivelmente atraente. Seu queixo quadrado sombreava seu ombro exposto e a fraca iluminação desenhava os músculos de seu braço. Desejava aquele homem ao seu lado como nunca antes.

O mato dominava as margens da estrada e aos poucos não havia mais faróis no sentido contrário passando por eles. Eram apenas os dois e a estrada. O vento entrando pelas janelas e mexendo nos seus cabelos. A lua cheia lançando sua luz inclinada pelas silhuetas perdidas na noite...




Ela avistou uma árvore solitária num campo de mato alto e apontou para ele. Sorria maliciosamente para o forte homem a seu lado. Ele começou a entender o que ela desejava quando sentiu sua mão deslizando por suas coxas acima. Diminuiu a velocidade do carro e dirigiu alguma metros, afastando-se da estrada, em direção ao local.

Parou debaixo da árvore e desligou os faróis. A noite os cobria, mas agora parecia ainda mais claro. O luar os excitava, fazendo desenhos de luz e sombra sobre seus corpos. Beijaram-se intensamente. Ardentemente...

A madrugada já ia alto. Não havia sons ao redor, apenas grilos cantando em meio ao capim alto e o som ofegante de suas respirações. Rostos próximos, lábios molhados. O suor já umidecia os corpos dos namorados, deixando evidente o calor insandecido que compartilhavam... De repende ela saiu do carro, como se fugisse dele.

Ele olhou assustado sua namorada que afastava-se no momento em que seu corpo mais ardia por ela. Através do vidro embaçado do carro assistiu os movimentos sensuais dela sobre o capô. Abriu a porta do carro e imediatamentefoi ao seu encontro...

Agarrou o corpo dela e aproximou-se o máximo que podia. Seu peito forte de econtro ao suave seio nu da mulher... Colocou-a sentada sobre o capô morno do carro... Os corpos quentes contrastando com o frio da madrugada, o orvalho cobrindo a superfície do carro e a pele dela... Ela derretia em seus braços e seu beijo dominou todos os seus sentidos.

Fizeram amor sofregamente sobre o capô do carro, rolando sobre o orvalho, vigiados pela solitária lua cheia, que jogava sua luz prateada sobre os corpos dos amantes.

...

A noite voltou ao seu silêncio natural e ao longe ouvia-se o motor do carro seguindo estrada afora rumo a uma praia deserta onde o casal assistiria o nascer do sol. Unidos, como um só.

0 comentários:

Postar um comentário