quinta-feira, 17 de julho de 2014



I - Dieta boa
 
Eu estava na nutricionista, esperando minha consulta e, claro, "ouvindo atrás da porta". 
A nutri explicava sobre a tabela de substituição de alimentos para a paciente de primeira vez. A mulher entendendo tudo.
Hum hum, hum hum. Concordava.
A nutri explicava que ela podia comer apenas UMA porção de cada alimento. 
No lanche podia ser uma porção de biscoito... 

Nesse momento, a mulher se alegou visivelmente e mandou a pergunta:
- Essa porção de 4 biscoitos doces permitidos são daqueles recheados? (Hein?!)
... Silêncio.

A nutri, baixou o tom de voz, bem indignada com a pergunta sem noção, e respondeu:
- Não! (bem enfático) É biscoito maizena ou maria...




II - No restaurante (nov/13)

Pedi um prato light. Tentando pegar leve. Preocupada com a dieta. 
Aí veio uma garçonete e coloccou na mesa uma cesta de paezinhos com potes de manteiga e pastinha.
Salivei instantaneamente ao imaginar as torradinhas com manteig salgadinha... mas imediatamente lembrei dos legumes no vapor e a sopa que tinha pedido. Não me mexi e não toquei na cesta de pães.

Diante da minha falta de interesse no "couvert", a garçonete (que ainda estava parada ali me olhando) exclamou espantada:
- Não vai querer não, moça???? - e ficou parada, me encarando, esperando minha resposta.
E eu, pega de surpresa, disse simplesmente:
- Não sei... to pensando ainda...
E ela ainda, indignada, explicou:
- É por conta da casa, viu?

(Ah, bom! Agora sim posso comer, né?)
(Hein?!)




III - No mesmo restaurante (jul/14)

No restaurante à la carte, perguntei sobre um prato (suíno) mas acabei escolhendo outro (carne bovina). Depois de bastante tempo esperando... 
O garçom traz o primeiro prato e coloca na minha frente. Me espantei e disse:
- Não, não foi esse que eu pedi não...
E ele, atônito, checou suas anotações e lá estava. Picanha suína. Me encarou certamente pensando que eu era maluca. Meu amigo confirmou minha escolha e ele acabou lembrando do meu pedido. Rasurou a notinha e anotou o pedido certo por cima.
Foi embora e levou o prato contrariado.

Voltou em alguns segundos, ainda com o prato errado na mão e disparou:
- Você não gosta desse não, querida?


Diante da minha negativa, saiu que nem barata tonta pelo restaurante oferecendo o prato pronto em outras mesas!
(Hein?!)




IV - Oficial de justiça

De repente entra um recado na caixa postal do celular. No meio da rua, ouço:
- Clarice, aqui é a oficial de justiça... (som baixo e ruim). 

Não ouço mais nada!

Oficial de justiça???? Meu deus, quem tá me processando?!!!
Começo a pensar: não briguei com ninguém, pago todas as minha contas, não to devendo nada. Não pago pensão. Não dirijo, não roubo nem furto, não trapaceio, então não pode ser criminal. Receita federal não usa oficial de justiça. Será a OAB? Ah, já sei! Só pode ser outro processo indevido da prefeitura de Niterói contra a minha pessoa... Ai meu dinheirinho... 


A tensão toma conta de mim. Os carros passam barulhentos e eu ouço 10 vezes a mesma mensagem tentando pegar o numero do telefone da mulher que ela deixara no final. Não dá pra ouvir. 
Desesperada por silêncio, entro num banco. Não consigo ouvir todos os números que a oficial diz...

E minha cabeça gira, minha pressão sobe. Não posso ter sido processada! Mas o que será que eu fiz? O que será que estão achando que eu fiz? Ah, não! Lá vem problema com a justiça. Oficial de justiça?   Continuo tentando ouvir o recado... Pânico.
 
 Aí finalmente consigo retornar o telefonema da oficial. E ela:
- É uma intimação pra você ser jurada.
 

Ahhhhh, KCT, era só isso?!
 Por um momento, revi mentalmente todos os crimes do código penal, todos os processos do código civil e os poucos tributários que eu sabia... E era apenas uma convocação pra ser jurada por causa de uma ficha que eu tinha preenchido há meses me oferecendo pra trabalhar no júri

Ufa!!!

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