segunda-feira, 12 de julho de 2010

Assim, assim. Isso quer dizer "mais ou menos". Quer dizer "meio oca". Vazia. Estável. Nada de novo.
Assim, assim.

O coração parado, as emoções sem saber pra onde ir. Mas sei que estão lá. Só não sei aonde. Não sei o que sinto. Às vezes me parece uma confusão tão grande que nem dá pra identificar as vozes, muito menos entender o que dizem.

É isso. Assim, assim é zum zum zum dentro de mim. Um zunido ininteligível. Atordoa mas não sei de onde vem o mal estar. Fico assim meio zonza.

E não posso falar nada. Só posso ficar aqui enrrolando, na esperança de sair alguma coisa de dentro de mim nessas linhas. Alguma coisa esclarecedora. Mas acho que não. Esse é um texto sem direção.

Proibida de falar... To experimentando isso. Até achar o "dimer" da minha intensidade eu tenho que permanecer calada pra não enfraquecer minhas questões internas. Não posso sair falando das coisas que me correm pelo coração e entulham minha cabeça. Ninguém precisa saber, e, na verdade, não interessa a ninguém! Essas questões são só minhas e devem ficar dentro de mim.

Aliás, que questões? Devo pensar sobre isso. Nem eu sei mais. Só sei que tenho questões. Estão lá, zumbindo todas juntas, dentro da minha cabeça. Não consigo separar as coisas pra identificar e encarar cada uma delas. Só escuto tudo ao mesmo tempo quando olho pra dentro de mim.

E agora?

Não sei o que fazer. Às vezes acho que identifico tristeza, mas não tenho por que ficar triste. Outras vezes identifico frustração, mas pra isso eu deveria ter alguma coisa tentada que não tivesse dado certo ultimamente. Também sinto solidão, mas é impossível, pois estou sempre cercada de amigos e de atividades com eles.

Seria o velho problema dos relacionamentos amorosos?
Ok, amor é bom, mas não acontece o tempo todo. E será que só serve amor de homem? Eu devia focar nos outros tipos de amor que tenho de sobra: amor de mãe, amor de pai, amor de irmão, amor de bicho, amor de amigos, amor até de quem devia só exercer sua profissão...

Ah, senti falta do amor próprio. Esse tenho também, mas preciso me concentrar nele. Se não foi citado acima, foi esquecido pelo inconsciente e isso deve siginificar alguma coisa. Vou pensar.

Se o amor próprio vem antes de tudo, provavelmente mexendo nele, conserto um monte de coisinhas...
E vai ficando tudo no lugar. Talvez, depois disso, eu consiga desembaraçar as frequências das vozes dentro da minha cabeça e ouvi-las uma a uma...

Então não vou falar, como me aconselharam. Vou ficar quieta e me escutar.

Como se faz isso?!


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