sábado, 31 de julho de 2010



Completamente feliz. É como me sinto.
Completa.
E feliz.

Há tempos não me sinto assim tão... completamente feliz.
E penso que se eu tivesse mais dias assim, não precisava de mais nada, não sentiria falta de mais nada. Não sentiria aquele vazio que sempre sinto, em que falta alguma coisa que hoje sei definir como amor. Eu imagino que com mais dias assim eu me sentiria totalmente completa e aí estaria o que me falta pra ser completamente feliz.

Hoje é simples. Estou feliz.
O motivo? O encontro. A companhia. A noite passada. A manhã de hoje... O Wolverine. Os braços do Wolverine e os abraços dele. Saudades... Saudades que matamos um do outro.

Nunca o carinho foi tão intenso. Eu sentia-me calma, tranquila. Não era a mulher loucamente apaixonada por ele de meses atrás. Era apenas uma mulher feliz com sua presença e transbordando de carinho por ele.
E ele... bem, ele não era o Wolverine. Dessa vez veio a mim como o homem, veio como Logan, com os instintos do lobo ali abaixo da pele, mas sem a máscara. Mais humano, mais perto de mim, mais real. E transbordando romance.

A sensação de felicidade começou no dia anterior, quando ele me confirmou que viria. E continuou, tornando-se forte quando, na manhã do encontro, eu pegava sol, deitada tranquilamente sobre a canga, pensando o quão mágico seria se ele realmente viesse para a minha casa... quando ele ligou do trabalho, acertando os detalhes finais para vir ao meu encontro. Então ficou real! Ele viria! E eu me percebi feliz demais.

Uma plenitude tomou conta de mim. E eu passei o dia calmamente me arrumando para vê-lo. Tudo que fiz durante o dia, visava ajeitar um detalhe que tornasse perfeito o nosso encontro. Então era mágico saber que em algumas horas eu finalmente receberia a visita do Wolverine. Sem pressa, sem ter que esconder nada, sem câmeras de segurança, sem cavernas quentes escondidas na floresta. Beijos à plena vista das pessoas, mãos dadas na praia, banho no meu chuveiro, seu corpo em meus lençóis...

Desde fevereiro, desde que começou toda essa nossa história de amizade, amor, tesão, decepção, afastamento, e sei lá mais o quê, eu esperava por ele. Nem sabia, mas no fundo esperava. E aquela era a noite. A nossa noite!

Feliz e mais do que o feliz que eu achava que estava, estou agora, quando lembro da nossa noite.
Ele não só veio à minha casa, mas ficou! Gostou. Ele integrou-se à casa e às coisas da casa. Aos meus cachorros, ao meu amigo que mora comigo, às minhas fotos e minhas coisas... E, mais do que tudo, ele se integrou a mim.

Não nos víamos há um mês, não nos tocávamos há vários meses e... cada beijo, cada abraço, cada carinho, era como se estivesse no lugar certo. Era ali que deviam estar: seus beijos nos meus lábios, meus carinhos em sua pele, seu abraço em volta de mim, meu sorriso alegrando o dele, seus olhos me dizendo "Te adoro" repetidas vezes...

É isso que quero! Quero pra mim toda a alegria do nosso encontro, das nossas histórias. O vinho e as gargalhadas. A pizza e o sorvete. Quero todo o drama das nossas vidas que compartilhamos... Quero pra mim todo aquele homem enorme que se derretia ao meu toque, que se excitava com meu beijo, que se transformava num menino ao buscar abrigo aninhando-se em meu peito, e que se transformava em um homem maduro e protetor quando me abrigava no dele.

Quero a madrugada acordada sentindo seus abraços, e quero ser acordada com beijos no pescoço. Quero ele ali, atrás de mim dormindo de conchinha, e quero-o também atrás de mim me penetrando com desejo. Quero muito seu corpo quente perto do meu, aquecendo também meu coração...

E quero, acima de tudo, sentir-me completa como me sinto hoje. 

Os medos vêm tentando nebular esse meu sentimento, mas não quero. Não hoje, nem tão cedo. Temo sim... temo que não continue, que não seja nada demais, que não atinja minhas expectativas, que eu o perca de vez por qualquer motivo.... Mas antes que o medo me atazane a vida, quero sentir-me feliz.

Vou me entregar à felicidade que me domina loucamente!

Meu lobo, agora solteiro e solitário, buscou abrigo nos meus braços, na minha casa... Pediu até que ela fosse seu refúgio a partir de agora. Ele veio restaurar a nossa história, veio conferir se o carinho que sentimos, se os arrepios inexplicáveis e o companheirismo, ainda estavam ali. E ele foi recebido de braços abertos....

Ele disse que poderia se apaixonar pelos meus toques; disse que moraria comigo caso eu já não morasse com alguém nesta casa enorme; disse que me adora, e que acima de tudo tem muito respeito e carinho por mim, que vai além do desejo que sente. Então...

Então estou feliz. E como não poderia estar?
Estou mais feliz do que achei que ficaria, e lá se vem o medo de novo, mas... é o medo do novo, de novo. E eu não vou dar bola pra ele.

Estou feliz e pronto! 



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