segunda-feira, 15 de março de 2010


Final de tarde e ela estava exausta! Não tinha muito mais energia para nada, seu corpo pedia uma cama e muitas horas de sono tranquilo. Olhou em volta e estava sozinha. Resolveu emitir um uivo baixinho para o céu, numa remota possibilidade de se comunicar com o lobo, mas não acreditou que ele estaria por ali.

Ele uivou alto de volta. Surpresa! Ele estava por ali na floresta! E sua pulsação se acelerou. Tinha algumas tarefas a cumprir fora dali antes de poder dar a noite como encerrada, mas o cansaço e a ideia de estar com o lobo foram muito mais atraentes do que cumprir o script que devia. Imediatamente decidiu por não fazer o que lhe era imposto e seguir seus instintos... em busca de satisfação pessoal. Seguiu o uivo.
Subiu a colina próxima à floresta, em direção à caverna.

Wolverine havia chegado antes e já farejava o ar detectando sua aproximação. A caverna estava escura e quente demais. Os ruídos ao redor foram morrendo e o lugar parecia deserto. Ao entrar, ela o encarou no escuro e pôde reconhecer seus olhos quentes e ávidos pousados em seu corpo. Imediatamente ela largou os pertences que trazia consigo num canto e aproximou-se dele sorrindo. Ele sorriu de volta, mas ainda afastou-se dela farejando o ar como se buscasse identificar através do olfato se estavam sozinhos...

O cheiro dela invadiu suas narinas. De repente ficava impossível perceber qualquer outro cheiro que não o dela... Cheiro suave e doce, perfumado que contagiava o ar da caverna. Ele gostava. Aprovou e aproximou-se com determinação para farejar de perto.

Provou o beijo quente dela e não se conteve... mordeu seu lábio inferior extraindo dela um gritinho sufocado. Um gosto de sangue misturado à saliva espalhou-se pela sua boca e ele ficou excitado. Agarrou o corpo dela contra o seu e a levou até a parede. As línguas se acariciavam com saudade, o suor começava a brotar de suas peles encharcando as roupas... A caverna estava realmente quente... Quente demais...

Ela sentiu o vestido preto e decotado levantar lentamente. Sentia a mão de Wolverine, apoiada às suas costas, puxando aos poucos o tecido para cima, enquanto a outra mão a mantinha indefesamente agarrada ao grande corpo peludo. Ela podia sentir sua excitação cada vez maior pressionando sua pele, pressionando próximo ao seu ventre... Suava descontroladamente, quente demais ficar tão próxima àquele homem todo!

De repente o tecido da parte de trás do vestido estava todo nas mãos dele e ela sentiu sua calcinha se enterrar em suas carnes quando ele puxou a pequena lingerie preta para cima, como gostava de fazer. Um fraco gemido de protesto surgiu de seus lábios e ela o encarou séria...

Parecendo contrariado, ele então começou a descer com a mão pela bunda e pernas dela, arrastando a calcinha pelas garras consigo até chegar aos sapatos altos pretos que ela usava. Ela tentou protestar séria, tentando impedir aquele absurdo, assustada por estar tão vulnerável naquele ambiente escuro e perigoso da caverna, mas ele ordenou que se calasse e que entregasse a pequena peça de roupa para ele. Ela obedeceu e observou apavorada quando ele enfiou-a no bolso! Aquilo era loucura! Aquele animal estava louco!
Ela não podia... Eles não deviam... Não ali... Mas o calor... Os pêlos próximos demais... O cheiro dele...

Agarrado a ela ele passou a beijá-la com força. Depois afastava os lábios deixando-a ofegante e passava a farejar seus lábios, rosto, pescoço... absorvia o cheiro da fêmea e o cheiro doce de seu perfume caro. Ela já conhecia o delicioso ritual do lobo, e dançava com ele. Cheirava também sua boca carnuda, sua barba espessa, seu pescoço suado... Pegava o rosto dele em suas mãos e trazia seus macios e grossos lábios para os seus. Agarrou-o num beijo quente e se sentiu encharcar... cada vez mais.

O calor se tornava quase insuportável, mas era delicioso demais estarem próximos assim. Como nos velhos tempos, como no princípio. Repentinamente ele tateou o corpo e dela e levantou seu vestido pela frente, buscando a fonte do aroma de fêmea. Buscava chegar tateando à outra caverna, onde enfiou os dedos para verificar a temperatura e a umidade que o deixavam ainda mais quente e mais duro.


Ela gemeu alto quando sentiu a mão dele dentro de seu corpo. Preocupou-se por um instante com as garras dele, que poderiam machucá-la caso ele não se controlasse, mas decidiu que isso fazia tudo ainda mais excitante. Sentiu-se escorrer, enxarcar de suor e seu corpo tornava-se escorregadio para as mãos dele. Ele só a seguraria ali, invadida por seus dedos, se ele usasse as garras...

Derrapou rapidamente para longe dele... Escapou, mas foi apenas por alguns segundos. Ele reaproximou-se furioso de encontro a ela. Conseguiu vira-la de costas e usou a força de seu pesado corpo para  espremê-la contra a parede da caverna. Com as costas coladas ao corpo do lobo, ela sentiu seu desejo crescer ainda mais encostado nela, achando espaço entre suas nádegas nuas sob o vestido que ele mantinha levantado.

Ela então elevou os braços dobrando-os para trás, buscando os ombros dele e, agarrando-o com as unhas compridas, deitou sua cabeça sobre o peito peludo que aparecia pela camisa semi-aberta e molhada de suor.
Decidida a tentá-lo, começou a movimentar os quadris, esfregando-se neles, sentindo-o rígido através de suas calças. Ele gemeu baixo, Queria uivar... Mas na caverna quente e escura deviam ficar o mais quieto possível. A floresta não era segura.

Os corpos esfregavam-se, as roupas amassadas absorviam o suor que já escorria intensamente, brotando por todos os poros das peles excitadas. Ficou impossível não querer tê-la ali mesmo, penetrar naquele corpo quente que se insinuava para ele. Sentia-se latejar por ela. O desejo o consumia. Segurava os largos quadris dançantes da fêmea sentindo seu balanço sensual que mexia com sua consciência!

Com força, agarrou-a pelo pescoço segurando os cabelos compridos entre os dedos e forçou o corpo dela para frente, inclinado, deixando-a mais vulnerável a seu ataque por trás. Ele tinha de ser dono daquela mulher ali, naquele momento. Era insuportável mais um só segundo sem sentir sua umidade. Abriu rapidamente a calça e deixou sua pele tocar a pele suave e suada das nádegas femininas que agora estavam posicionadas para recebê-lo.

Inclinada e apoiando as mãos contra a parede da caverna, ela podia ouvir Wolverine rosnando atrás de si e ansiava por senti-lo invadindo suas carnes úmidas e quentes ai mesmo na caverna. O suor escorria por suas costas, colava o vestido negro a seu corpo, desenhava rios entre suas coxas que desciam até os sapatos. Sabia que não devia, sabia que era errado, mas estava dominada por ele, desejando Wolverine como um animal no cio. Sentiu as garras dele cravarem em seus quadris. Sabia que ele estava insano e que a queria... Usaria a força. Usaria a fúria, o tesão insuportável que sentiam... como ela gostava.

E ele veio forte, intenso, imenso. Crescia dentro dela cada vez que a invadia, abrindo caminho por seu corpo sem pena, desejando atingir cada vez mais profundo, penetrando em direção ao seu centro, ao seu ventre.
Suor, uivos e rosnados. As garras dele fincadas em seus flancos a forçavam a manter a posição. Investidas. Invadida. Devorada.


Wolverine rosnou uma ordem e imediatamente saiu de dentro dela, virando-a de frente para si e mandando que ela o provasse. Queria sentir a felina língua da mulher saboreando toda sua virilidade com prazer. Ajoelhada, ela recebeu-o entre seus lábios e degustou-o com vontade. Sentia-o pulsar em sua boca enquanto deliciava-se ouvindo seu baixo rosnado grave. Sabia que o fim estava próximo... e finalmente bebeu o jorro quente e viscoso que veio dele junto a um uivo alucinante.

Afastaram-se arfantes. Corpos em chamas. Peitos freneticamente ofegantes. O ar da caverna tornara-se pesado, cheio do cheiro quente de seus corpos. Após alguns instantes em que ela buscava ar para recuperar o fôlego, assustou-se quando percebeu que ele vinha em sua direção, garras afiadas, buscando seu corpo com as mãos... e relaxou num abraço carinhoso.

Ainda ofegantes, seus suores se misturavam enquanto abraçados ouviam as batidas de seus corações acelerados. Ela cheirou a barba dele, passou seus lábios levemente pelos dele. Olhos fechados, ele sorvia o carinho dela e sabia que encontraria seu olhar intenso saboreando o rosto dele se abrisse seus olhos. Deixou seu corpo relaxar satisfeito. Abraçou-a forte, com saudade. Gostava de tê-la por perto. Gostava de tê-la para ele. Queria ir com ela. Pediu baixinho que ela o tirasse da floresta, que o levasse com ela...

Ela apenas sorriu e o abraçou pousando um beijo terno em sua testa. Wolverine precisava deixa-la ir... Não podia ir junto. Juntos jamais... Tinha que levar o cheiro da fêmea consigo misturado à sua camisa, embebido em sua barba, cravado em sua pele... e vagaria sozinho de volta à seu habitat, para onde escolhera voltar... e sabia que precisava deixa-la seguir seu caminho sozinha, carregando com ela sua essência, seu suor e seu coração.
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