sexta-feira, 30 de abril de 2010


Ultimamente tem sido bem difícil. Esse negócio de mexer no Eu é bem complicado. Desconfortável. As mudanças a que me propus são bem radicais. Quero mudar, preciso mudar, mas é tão dolorido! E cansativo!
Sinto-me cansada de pensar no tudo que ainda tenho por fazer pelo meu bem e tão pouco tempo. Tão pouco tempo pra fazer o que eu gosto, ficar com quem eu curto, brincar com meus cachorros, ler todos os livros e notícias que quero, visitar os amigos que me acompanham sempre... Mas também preciso de tempo para mim.

Está decidido. Agora é tempo de mudança. Tempo de deixar a preguiça de lado, de aprender a não me render. Não poderei mais usar tão frequentemente a tecla "foda-se" e fazer só o que quero. Ordem. Essa é a palavra de ordem.

Sim, estou, aos 32 anos, reformando minha vida, minha casa, meus desejos, minhas atitudes e meus sentimentos. Estou aprendendo a controlar impulsos e a me importar menos com conceitos dos outros sobre mim. Tenho que esculpir minhas próprias certezas em minha alma e seguir de cabeça erguida, sobrevivendo ilesa a críticas e erros.

Preciso descobrir como aprimorar as sensações e não deixar que o turbilhão de emoções que cega meus sentidos e raciocínio tome conta de mim ao menor sinal de estresse.

Ando cansada. Olheiras. E durmo pouco, apenas 5 horas e meia por noite. E ainda sonho com as coisas que tenho que fazer. Ok, também sonho com o Lobo ainda, mas infelizmente não é sonho bom. É sonho em que pergunto a ele se ele já me esqueceu ou me superou. Quero saber se ele ainda lembra de nós. Não sei por que ainda sonho com isso...

Freud explicaria meus sonhos, mas não quero conversar com ele. Ele aponta muitos dos meus desejos e erros que prefiro não ver. Amigo Freud, às vezes é bom deixar certas cismas de lado. O Lobo, por exemplo, foi a minha cisma de início de ano... Desejar quem não se deve não faz bem. E eu vou me livrar de todos os sentimentos que não me fazem bem.

Mas alguém de coração inquieto e alma intensa, como eu, não sabe viver sem amor. A vida fica meio cinza, sem graça. E para alguém que ama a vida e vive de emoções, como eu, oque sobra?

Não posso ter o cotidiano cinza. Então estou investindo em me conhecer melhor e, quem sabe, me controlar, saber do meu poder, usar o meu poder. Descobri recentemente que basta decidir. Devemos "vestir" as decisões. Doa a quem doer, e normalmente é em nós mesmos.

Não vou mais fugir. Confesso aqui que estou cansada, emocionalmente cansada de adimitir falhas, perceber maus comportamentos, falar sobre meus defeitos, desobrir como estou errando, concordar com críticas sobre mim mesma... Mas ao mesmo tempo isso me abre uma ampla área da vida antes não desbravada. Serei uma nova eu. Serei uma mulher mais confiante.

Em breve.
Só espero que menos cansada...

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