domingo, 10 de janeiro de 2010




A maioria dos dias é comum. Não impacta na vida de um ser humano, não deixa grandes e emocionantes lembranças. E nem por isso se deve deixar de apreciar esses dias.

Aquela máxima que diz "viva todo o dia como se fosse o último" é cansativa. Nos torna frenéticos e reativos ao pensar que estamos perdendo tempo!
Pensamos que ao invés de estarmos sozinhos no quintal pegando sol e relaxando ao lado dos cães, devíamos estar experimentando saltar de paraquedas; ou que ao invés de escutar um CD de que gostamos, devíamos estar comprando ingressos para ir ao mais novo e baldalado show da cidade. Dizem que em vez de estar lendo um livro deitada no conforto da minah cama, eu deveria usar meu domingo em algum shopping lotado, enfrentando fila, para assistir, 3 horas depois, um filme blockbuster, que todos estão comentando?!

I dont't think so...

Entendem? Até isso querem controlar? A maneira como "gasto" meu tempo? Hummm OK.
E pensar que eu entrava nessa há até pouquíssimo tempo atrás... Muita ansiedade. Muito tempo pensando que eu estava angustiantemente perdendo tempo. Não curtia MEU tempo COMIGO.

Hoje eu relaxei. Sozinha. Em minha companhia. E dos meus três cães.
Também tinha o sol, o rádio, vários passarinhos beliscando as frutinhas que pendem vermelhinhas na minha árvore, as borboletas visitando as florzinhas da mesma árvore. As músicas conversavam comigo quando meus pensamentos não o faziam. Mas confesso que me ouvi mais do que ouvi as músicas. Interessante conversa. Mas de tão comum, não me lembro de nada em especial. Mas me fez bem de qualquer maneira.


Observei os cães brincando felizes. E eles, volta e meia vinham me pedir carinho. Ou me surpreendiam com seu carinho (representada por uma lambida no rosto ou patinha no meu peito quando estava deitada na canga colorida tomando sol).
O que poderia ser mais feliz do que um dia assim? Um agitado domingo de praia acompanhado de várias pessoas que você não consegue escutar porque o som do quiosque está alto demais e junta-se às diversas conversas paralelas nas barracas ao redor da sua, que de tão próximas, parecem um grande acampamento de família?! (sem contar o desgaste em engarrafamento, estacionamento, flanelinhas, briga por um lugar ao sol, barraca, volta pra casa...)


Definitivamente estar no meu quintal, sozinha, dando banho nos cães, brincando com eles, ouvindo à minha música na altura que eu defini, é extremamente produtivo.
Fiz meu próprio almoço light composto de 1 bife, palmito e cenoura ralada crua. Assisti a um filme (500 dias com ela) baixado da internet, que adorei e agora estou aqui.

Domingo produtivo. Sozinha mas não solitária. Sozinha e feliz. Sozinha e acompanhada de pensamentos leves e alegres. Sem estresse sobre estar perdendo tempo, pensando no trabalho por fazer esperando no computador ou presa a horários para sair e chegar de algum prédio. Sem nem a necessidade de falar, se eu não quiser. Mas conversei um pouco com os cães. rsss Eles gostam. E eu também!

O dia ainda não acabou. Acho que vou começar a montar um outro quebra-cabeça. Esse tem a imagem de um belo prédio em Roma ao pôr-do-sol, tem 1.000 peças e acende no escuro. Parece uma maneira divertida de terminar meu domingo!

Bom domingo pra você!

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